terça-feira, 23 de setembro de 2008

Uma ponte que nem o diabo destrói
Por Vanessa Paes, Gesseca de Lourdes, Suellen E. de Oliveira e Cristiane Gomes Ribeiro

Cassiano Gomes é um jovem diferente. Embora seja evangélico, está muito mais interessado na NBA do que no Campeonato Brasileiro. Seu ídolo, também jogador de basquete, se chama Alan Anderson. Tem diversos lemas de vida, dentre os quais podemos destacar sua crença de que só o amor constrói pontes indestrutíveis. A história que contou, que o remeteu à época em que começou a morar na Palhada, foi sobre uma mangueira que, por causa do estranho formato de suas raízes, era chamada de "trono do Diabo".

Nome Cassiano Gomes >> Idade 20 anos

Rua Pereira Enrique >> Ocupação Nenhuma

O que mais gosta de fazer?
Jogar basquete.

O que não gosta de fazer?
Acordar cedo.

O que tem de bom na sua rua?
“Eu.”

O que tem de ruim na sua rua?
Meus vizinhos.

Por que veio para o Pro Jovem?
Para aumentar minha capacitação profissional e enriquecer meu conhecimento.

O que espera do Pro Jovem?
Um ensino de qualidade, que me qualifique para o mercado de trabalho.

Acha que vai ganhar o prêmio?
Olha! Eu me esforço pra isso.

O que vai fazer com o prêmio?
Curtir a vida.

Qual foi a sua história?
O Trono do Diabo

Por que contou essa história?
Achei interessante e foi uma das primeiras histórias que ouvi quando cheguei na Palhada.

O que faz aos domingos?
Jogo basquete de manhã e à tarde toco com a minha banda.

Torce pra que time?
Philladelfia (basquete).

Tem religião?
Sim, evangélico.

Tem um ídolo?
Alan Iverson (jogador de basquete) e Usher (cantor e dançarino de hip-hop).

Uma frase
Viver, viver e ser livre. Saber da valor às coisas mais simples. Só o amor constrói pontes indestrutíveis.
......
O trono do Diabo
Bom, minha família é toda ela de Nova Iguaçu. A maior parte mora em Marapicu, em um sítio bem pequeno. Lá o que não falta é história de árvore.
Mas a história que escolhi não é sobre minha família.
Quando eu tinha entre um e dois anos, fui morar na Chatuba. Só voltei quando já estava com cerca de seis anos. Fui morar na Palhada, onde estou até hoje.
Ouvi a história sobre o "Trono do Diabo" tão logo cheguei aqui. Foi os primeiros amigos que fiz aqui que a contaram para mim.
Era uma mangueira que ficava na esquina de minha rua. Suas raízes eram bem visíveis. Elas tinham a forma de uma cadeira com braços.
Como ficava na esquina, sempre havia muitos “despachos”. Essas macumbas davam asas à imaginação da criançada. O fato de a mangueira não dar frutos só fazia aumentar o medo que sentíamos dessa árvore.
Aconteceu de tudo para reforçar a lenda sobre essa árvore. Ela pegou fogo, cortaram todos os seus galhos e, mesmo assim, ela não parava de crescer e florescer. Quando alguém perdia alguma brincadeira, era punido com um toque no tronco ou, pior, sentando em cima de sua raízes.
A mangueira cresceu tanto que os seus galhos encostaram nos fios de eletricidade. A Light foi até a nossa rua e cortou a árvore até suas raízes. Os poucos pedaços que sobraram sumiram com o tempo.

Nenhum comentário: