sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Show de obras

Dinâmica da mímica empolgou turmas A e B da Palhada

Quem enfrentou o frio da noite de terça-feira e foi para as oficinas do “Minha rua tem história” coordenadas pelo historiador Rafael Gomes, não se arrependeu. A dinâmica proposta remeteu os jovens presentes na Escola Municipal Edna Ubelina aos melhores tempos da adolescência. “Fazia tempo que não me divertia tanto”, admitiu Taciany Ferreira Curly de Souza.

A dinâmica, definida na formação do último sábado por Marcus Vinícius Faustini, secretário municipal de Cultura e Turismo e mentor da gincana social “Minha rua tem história”, consistia em dividir o grupo de jovens, fazer com que eles escolhessem cerca de dez palavras em torno de obra e fizessem a brincadeira da mímica com cada uma delas. Rafael adicionou um toque pessoal, abrindo os trabalhos da noite com uma espécie de programa de auditório em que os jovens se apresentavam.

Programa de auditório

O programa de auditório improvisado por Rafael foi praticamente tomado pela tocante história narrada por Isamara da Silva Nery, que saíra da Vila Olímpica no sábado anterior com dez horas de internet na lan house do bairro e um MP4 por causa da história de sua amiga Silvana Mota, tragicamente assassinada sob um eucalipto na noite de 29 de dezembro de 2001, quando tinha apenas 12 anos. “Trouxe um recorte do jornal O Dia”, disse ela, mostrando o jornal com a foto do assassino de sua amiga.

Quando começou o jogo da mímica, os dois grupos acertaram encenações de palavras mais concretas, como construção, poeira, barro, entulho e trator. Pelo menos na primeira oficina abstrações como espetáculo não foram compreendidas pelo grupo adversário, que achou uma forçação de barra a explicação de que a “obra é um show”. Mas um dos grupos da segunda oficina insistiu em palavras como Monalisa, obra divina e Foz do Iguaçu, só não sugerindo Os Lusíadas porque, apesar do clima competitivo da noite, se compadeceu do grupo adversário.

Concerto não é conserto

O clima competitivo deixou o coração da estudante Aline Laura batendo acelerado na primeira oficina. “Tô nervosa”, admitiu ela. “Meu coração tá tum-tum-tum.” A evangélica Tatiane Bernardes da Silva esqueceu a seriedade geralmente associada aos seguidores das seitas neopentecostais e brincou como não fazia há pelo menos 12 anos. “Fiz a mímica do cortador de piso, que o meu grupo não acertou”, disse ela. “Quero ganhar.” Rosilaine Dias, autora de uma das histórias sobre árvore que mais impactou o grupo, chegou a fazer bagunça para que o outro lado se desconcentrasse. “Eles não acertaram”, festejou ela.

A brincadeira contagiou inclusive varões como Leonardo Cesário, que é casado e tem uma filha de um ano e meio. “Brinquei disso quando tinha 13, 14 anos”, lembrou ele, que entrou no Pro Jovem com o objetivo de se qualificar para o emprego de carteira assinada que procura desde a conclusão do ensino médio. Bruno Marques, que havia se destacado na primeira etapa do “Minha rua tem história” com um poema sobre as árvores, produziu uma das grandes polêmicas da primeira oficina ao não admitir concerto como resposta à mímica que propôs. “Eu disse concerto musical”, vociferou o poeta. “Para não confundir com conserto de bicicleta.”

3 comentários:

Unknown disse...

Estou hiper feliz por estar trabalhando nesse prejeto. Histórias muito interessantes estão surgindo.
É a primeira vez q trabalho com jovens, e pensava q seria difícil. Não quero dizer q é fácil, mas é bom demais ver resultados mais rápido q pensei , ver q as coisas estão dando certo, q existem histórias bacanas q poderiam passar despercebidas, mas não estão.
Vejo q simples histórias podem não ser tão simples qt parecem...É só saber dar valor, contar, e ver q detalhes podem transformar uma história!

(Raquel Gomes, assistente da Palhada)

Unknown disse...

Fala Raquel bacana o seu comentário sobre nós,foi um prazer ter te conhecido e o Rafael bjs heloisa de ter e qui da noite

Unknown disse...

Olá pessoal esse dia realmente foi muito bacana o rafael nos fez relembrar coisas que a muito tempo nós não faziamos e nem lembravamos como as histórias e realmente nossa rua tem HISTÓRIA bjs Professor Rafael!!!!!!!!!!!!!!!!